sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Mais um round


STF pode derrubar diploma para jornalista
Projetos de lei encaminhados ao Supremo Tribunal Federal pretendem derrubar ainda neste semestre a obrigatoriedade de diploma para exercer a profissão de jornalista. O perigo é que seis dos onze ministros da Corte se manifestaram a favor da idéia, número que já é suficiente para aprovar a doidice. Pelo menos ainda há tempo para que eles repensem sua posição.
Aqui vão alguns dos argumentos utilizados na reportagem “STF pode derrubar diploma para jornalista”, de Renata Camargo, e que podem fazer com que você, que não é estudante de jornalismo como eu, a pensar seriamente no assunto. Porque mesmo quem nunca vai ser jornalista deve se preocupar com aqueles que irão transmitir aquela noticia nossa de cada dia. Ou vai querer qualquer um escrevendo seu jornal diário e falando besteiras que você vai acreditar?
A desculpa é que a profissão não exigiria conhecimentos específicos para ser exercida, mas: “O STF, não tendo poderes legislativos, não poderia dizer 'não é necessário ensino superior, mas deve ter ensino médio'. Se for derrubada a cobrança do diploma, não haverá nenhuma exigência de formação mínima. E isso significa um caos tremendo", avalia o professor Edson Spenthof (da UFG), o coordenador do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo, e um dos organizadores da Carta Aberta ao STF, escrita para sensibilizar os ministros sobre a necessidade do diploma.
Mass o principal argumento dos contrários à exigência do diploma no Brasil considera a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalismo uma violação à liberdade de expressão. “Eles confundem opinião com jornalismo. A opinião pode ter no jornalismo, mas ela é dada pelos fatos, após uma apuração específica. Isso não pode ser confundido com emissão de opinião do cidadão", defende o diretor do SJPDF Antônio Carlos Queiroz.
"A contestação do diploma vem há muito tempo sendo levantada pelos grandes jornais. Quebrar a exigência do diploma vai significar transferir das universidades para as empresas a prerrogativa de dizer quem vai ser jornalista, como vai ser o jornalismo e como devem atuar esses profissionais".
"Faz parte de regulamentação (da profissão) a formação específica. O problema não é só ter o diploma. A questão é ter uma boa qualificação. Deixar a formação nas mãos do mercado é muito perigoso. Os jornais e veículos de comunicação formarão profissionais com uma visão estreita de empresa".
Há o problema da qualidade dos cursos superiores, que para os autores da lei, os futuros jornalistas "precisam passar por cursos específicos nas redações dos jornais.” Mas: “Os cursos oferecidos pelos veículos de comunicação formam profissionais de acordo com a linha editorial de cada veículo e não com a linha plural como se vê dentro de uma instituição de ensino. A faculdade de jornalismo é um espaço plural de avaliação sobre diversas linhas e não sobre uma só".
Leia a reportagem na íntegra em: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/10/10/stf_pode_derrubar_diploma_para_jornalista_2007930.html

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